quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O típico MACHÃO da ACADEMIA...

O “machão da academia” está espalhado por aí, em seus grupos de machões, alimentando um esteriótipo muito comum. É um tipo curioso, principalmente para alguns gays que, vira e mexe entendem o machão da academia como um homossexual enrustido. Tenho alguns pensamentos sobre esse perfil e divido aqui, no Minha Vida Gay.

O machão da academia é praticamente o esteriótipo oposto da bichinha. Vive em grupos com os outros machões e normalmente tomam posse do aparelho de musculação. Seguem um padrão de conversa: mulherada, balada em Maresias, futebol e carros. Não nessa ordem de prioridade propriamente. Machões desse tipo evitam ao máximo assuntos de intimidade e, quando vê dois homens em conversa mais amena logo lançam: “aí, suas bichas!”.
Esses caras normalmente exaltam a galinhagem. Em outras palavras, podem até ter namorada, mas estão sempre indo para as baladas com seus outros amigos do perfil, “catando todas” e mostrando que o desbunde é o que vale!
Se envolver não está com nada!
O que poucos imaginam é que os machões, durante a adolescência ou algum período da vida pouco revelado, já tiveram uma enorme desilusão. Foram encantados por alguma mulher, “a mulher da vida”, uma paixão platônica, que acabou detonando com tudo e, aí, quando tudo desmoronou, se sentiram perdidos. Ato imediato: suprimiram o sentimento ruim e deixaram aflorar o perfil do machão, catador e “inescrupuloso”. Animal.
Passaram a frequentar a academia e perceberam que outros machões do tipo estavam por ali buscando por sua auto-estima: a identificação é praticamente imediata!
Daí, machões com machões formam comunidades. Começam a sair juntos, reunir outros caras e invadem a noite para sair a caça. A academia passa a ser ponto de encontro definitivo para esses caras. Para colocar as conversas em dia ou marcar alguma coisa. Para tratar a mulherada como presas já que “nunca mais” vão se deixar envolver.
Acontece que machão não assume, mas sem querer acaba suprindo a parte emocional com os outros machões-amigos. Viram camaradas, quase irmãos e, vez ou outra brigam entre si, pelo puro sentimento de decepção ou chateação. Mas machões como esses precisam um dos outros, se entendem e logo a harmonia se reestabelece.
Não, a princípio eles não são gays porque homem hétero com homem hétero podem ter sentimentos “fraternais”. Ou melhor, podem suprir carências afetivas pautadas numa camaradagem. Claro que esse tipo de conversa não rola entre machões. Mas eles sabem o que há.
Daí, juntos, atacam para suprir outra necessidade: a do sexo.
Assim, vivem relações rápidas com outras mulheres até a página dois, sem envolvimento afetivo ou emocional. Afetivo e emocional é bom com o outro amigo machão! Cada noite é uma mina, beijo, corpo a corpo e depois deixa quieto. Passar da página dois é perigoso porque pode rolar envolvimento e, assim, pode machucar, “pode se dar mal”. Machão sente muita dor de sentimento quando machuca. Mas não revela. É machão.
O amor entre machão com machão é inabalável!
No final, tem machão que se descobre gay porque além do sentimento, começa a se sentir fisicamente envolvido por outro machão. Tem machão que continua machão até quando a vida permitir. E tem machão que cansa da vida, toma coragem e se envolve por outra mina. Dessa vez, vai tentar não sofrer tanto.
Machão, na verdade, tem medo da dor. Por isso se esconde no machão.

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