Ainda resiste o esteriótipo (imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa, situação) de que gay rebola, fala fino, tem jeito de mulher. Por pouco tempo. É que os conceitos mudaram e o ser gay másculo virou moda.
Não foi bem a sociedade que mudou o conceito. Foram os próprios gays. Agora, quanto mais másculo melhor, mais pegador, mais desejado, mais disputado. Agora fica difícil descobrir o gay que existe por trás do másculo que ele se tornou.
Ficou lindo ver um casal gay másculo na Parada. Ficou fácil para a família aceitar o gay másculo que tem em casa. Virou moda nos classificados e principalmente na Internet a tão repetida frase: "descarto afeminados."
O gay másculo virou rei absoluto. Não que um afeminado não possa ser feliz, mas ficou bem mais fácil ser feliz sendo gay másculo. Tem até afeminado mudando de atitude. Quer atrair os caras da academia, templo de gays másculos, musculosos, que coçam o saco, fazem cara feia, mas se entregam entre quatro paredes.
A mídia ajudou. Só tem gay másculo nas novelas. O ápice foi o ator Carlos Casa Grande e Sérgio Abreu em "Paraíso Tropical." Dois gays másculos na pele de um casal.
Gay másculo não é de hoje. Retomamos à Grécia antiga com todas as letras. Os adolescentes logo cedo vão para a academia, ficam sarados e se apaixonam pelo próprio corpo.
Na Grécia, eles iam para o treinamento de guerra que os tornava sarados e para seus mestres pelos quais eram penetrados, sem nunca deixar de serem másculos. A moda antiga nunca esteve tão atual.
Gay másculo adora academia. Gay másculo jamais anda com um afeminado do lado. Gay másculo tem muitos amigos heterossexuais. Gay másculo paquera na Internet, marca encontro, recebe em casa ou vai para um motel. Gay másculo adora banheiro com muitos héteros. Até transando ele é másculo.
Ele é a bola da vez, mas sem nunca perder a ternura.
Ele é a bola da vez, mas sem nunca perder a ternura.
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